Marco Antonio Ribeiro, mais conhecido como Marco Antonio Boiadeiro, ou simplesmente Boiadero, sempre carregou o jeitão caipira desde que ingressou nas categorias de base do Botafogo no início da década de 80.

Natural de Paulo de Faria, cerca de 220 quilômetros de Ribeirão Preto, Marco Antonio Boiadeiro nasceu em 13 de junho de 1965.

Aos 15 anos, foi convidado para fazer um teste no Tricolor e chegou trajado de calça, fivela e bota de bico fino. Entre os 40 meninos da peneira, o jovem com o jeitão caipira foi o único aprovado em definitivo.
“Na primeira parte do teste, fiquei de fora observando os jogadores que já faziam parte do elenco. Quando fui chamado, parti para cima desses defensores e dei duas assistências para o centroavante. Fui aprovado logo de cara”, contou Boiadeiro.

“Foi uma alegria imensa, mas também passei muita dificuldade porque era uma pessoa simples, criado na roça e chorava bastante porque ficaria longe da família”, relembrou.

Boiadeiro ingressou nas categorias de base do Pantera e passou a jogar junto com Raí. Os dois muitas vezes brigavam pela titularidade até que começaram a jogar juntos.

“Eu passei a jogar como um segundo volante enquanto o Raí atuou mais avançado. O Botafogo foi uma referência na minha carreira. O estádio que mais fico emocionado quando passo é o Santa Cruz. O meu sonho de menino era jogar lá e realizei“, disse ele, que normalmente vestia a camisa número 8.

Boiadeiro ficou no Botafogo até 1986, quando foi negociado com o Guarani. Na sequência, passou por Vasco, Flamengo, Cruzeiro e Corinthians. Em 1993, quando estava no time mineiro, foi convocado pela seleção brasileira para disputar a Copa América.