Baldocchi, o zagueiro que encantou os botafoguenses e se tornou tricampeão mundial no México

Luiz Cosenzo
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José Guilherme Baldocchi, ou simplesmente Baldocchi, como foi conhecido durante a carreira, vestiu a camisa botafoguense por quase dois anos. Tempo suficiente para se tornar ídolo de uma fanática torcida.

O zagueiro foi contratado pelo Botafogo em agosto de 1964, quando tinha apenas 18 anos. Ele chamou a atenção dos dirigentes Walter Dib e Lino Strambi durante um amistoso do Tricolor diante do Batatais, time de sua cidade natal, que disputava a Segunda Divisão.

Com um futebol vistoso dentro de campo e considerado bom cabeceador, Baldocchi chamou a atenção rapidamente e subiu para o elenco principal do Pantera, onde disputou os Paulistas de 1965 e 1966.

“Lembro um Come-Fogo realizado em 1966 no Estádio Palma Travassos. Perdíamos por 1 a 0 até o último minuto, quando consegui empatar após uma cobrança de escanteio. Aproveitei a sobra da jogada e finalizei de canhota na forquilha. E olha que não sou canhoto”, lembrou Baldocchi.

“Lembro também que fiz uma excelente partida em uma derrota diante do Santos por 3 a 2”, contou.

Essas atuações despertaram a atenção do Palmeiras que o contratou em 1966. Ele ficou no alviverde até 1971. Neste período, foi convocado para a seleção brasileira e foi campeão da Copa do Mundo de 1970.

Após deixar o Palmeiras, Baldocchi ainda defendeu o Corinthians entre 1972 e 1976 e encerrou a carreira no Fortaleza em 1977.

“Agradeço todos os clubes, mas o Batatais e o Botafogo são dois times especiais na minha carreira. O Batatais me abriu as portas, enquanto o Botafogo me projetou para o futebol nacional e consegui chegar à seleção”, completou.