Agência Botafogo
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A FPF (Federação Paulista de Futebol), o Botafogo e os outros 15 clubes participantes do Paulistão Sicredi 2020 se uniram em um movimento para ampliar a presença das mulheres nos estádios de futebol em São Paulo: o #ElasNoEstádio.
Realizada nesta terça-feira (21) na sede da FPF, a entrevista coletiva para lançar o Movimento #ElasNoEstádio reproduziu com os jornalistas homens a sensação que as mulheres sofrem com a restrição social de ir aos estádios.
Assim, apenas jornalistas mulheres e cinegrafistas puderam acompanhar in loco a entrevista coletiva, que teve a participação da diretora de futebol feminino da FPF e embaixadora do #ElasNoEstádio, Aline Pellegrino, e a coordenadora de Marketing do Botafogo e representante da Comissão de Comunicação e Marketing dos Clubes, Laura Louzada.
Já os repórteres do sexo masculino assistiram pela TV a coletiva, em um ambiente separado. Eles só tiveram acesso às entrevistadas após o término do evento na zona mista.
O conceito do movimento será o único tema de impacto social na competição em 2020 —a cada temporada haverá um mote específico. A ideia para este ano foi concebida a partir de duas pesquisas: quantitativa, do Datafolha, que apontou o baixo número de mulheres (14%) nos jogos; e outra, qualitativa, do Ibope/Repucom.
Encomendada a partir do desejo da Comissão de Comunicação e Marketing da FPF e Clubes em ampliar a presença feminina no futebol, esta última pesquisa foi realizada em dezembro, ouvindo três perfis de mulheres: as que não frequentam estádio, as que vão eventualmente e as assíduas dos jogos.
Resultado do levantamento do Ibope/Repucom indicou que o conceito familiar ou social de que o estádio não é local adequado para mulheres é um dos principais fatores para afastar o público feminino do futebol. E que, neste contexto, as mulheres entrevistadas relatavam que lhes faltava companhia ou incentivo de seu círculo social para frequentar os jogos.
Com este diagnóstico, FPF e clubes lançaram nesta terça-feira o movimento #ElasNoEstádio, cujas primeiras iniciativas serão:
– Atendimento especial às mulheres nos estádios, para que possam relatar assédio, ofensas e violência. Nos jogos na capital, haverá, preferencialmente, delegadas para atender o público feminino
– Abertura de canal de comunicação exclusivo para mulheres darem sugestões, criticarem ou até mesmo denunciarem crimes ou ofensas: elasnoestadio@fpf.org.br;
– Incentivo a coletivos e grupos femininos para que possam ir juntas aos estádios
– Ações individuais de acordo com cada clube